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sábado, novembro 28, 2009

Quero-a em mim


Errei  e quero acertar,
como errante me vi ao caminhar
E a lucidez começa a ir embora
Estou perdendo o que quero agora
Tão distante me deixei,
Tão só andei
E me encontrei em outra pessoa
Que hoje voa pra longe
Pra ver se eu também continuo
Mudo, quero gritar
meu amor que eu encontrei no rio e no mar
Tão singela e bela,
Sigo querendo resgatar o nós de ontem
Das mangueiras e das praças,
das noites frias esquentadas por quem abraça
E não vai pra longe pois te quero perto
Talvez seja um real garoto incerto
mas te ter aqui me dá uma certeza:
Você me presenteou com outro começo de vida, a que quero com você.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Arranhado

E se hoje eu fosse diferente?
Seria como foi antes
Algo transparente e inerente ao espaço
Mas a cada passo me esqueço e vou lembrando...

E se eu não fosse tão triste e frágil?
agilidade afável o mago real
tanta coisa gira, tanta alma grita, tanto som aflito
Meu destino é ser só, pois faço mal

...Passando mal.

segunda-feira, novembro 23, 2009

(In)certo


Novo e doce garoto velho e amargo
Como o sucesso do fracasso premeditadamente imprevisível
Próprio incentivador e carrasco
Asco e deleite de quem ao redor é sensível,

Confuso garoto sem futuro certo.

E há futuro?


...incerto. 

sexta-feira, novembro 20, 2009

E agora

E agora?
É preciso foto, é preciso morte, é preciso tato?
Que fato é esse, o que te assola?
Desolação por amor caído é só mais uma obra...
Obra do destino que nos impôe o que queremos sem saber
Ou o que não queremos e temos ciência.
Mas aí? cadê a essência se o ser amado foi??
Embora...

Embora a cerveja seja boa, o abraço da amada é melhor...

mas algo se perdeu entre a entopecência e a inocência.

terça-feira, novembro 10, 2009

Rosas e Cactos


E nos mais estranhos caminhos
Encontramos rosas e espinhos
Cactos com águas e figos,
Matam sede mas arranham,
Cativam mas espantam
com aroma e com ardor,
A vida e o amor.

domingo, novembro 01, 2009

Quem Matou a Vontade


Quem matou a vontade?
Foi você?
Não acreditamos mais nem em luta por igualdade
Porque quem escravizou tá sempre a crescer.

E vários falam que a questão não é cor
Mas nem sabem quanto rancor foi acumulado
Lado a lado com os séculos de trabalhos
Movidos a sangue e dor.

Querem saber quem matou a tal vontade?
Pergunte a quem não nos pagou.
Não nos deu lar e ainda disse que nos libertou

E onde esconderam a verdade?
Dentro de idéias que perpetuam a falsa igualdade
Mas que de África, dos quilombos e das favelas, nunca cuidou!

E milhões de crianças e jovens hoje estão em apatia! Me digam, quem matou?!
Matutou? Não é difícil saber, mas dói sentir.