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quarta-feira, maio 26, 2010

Nneka Egbuna

Pensando sobre algumas coisas que vejo no cotidiano e querendo colocar mais um gosto musical meu, lhes apresento uma menina que me encantou pela voz, musicalidade e letras: Nneka Egbuna.

No álbum Victim Of Truth, primeiro que ouvi dela, ouvi consciência e musicalidades encaixarem certinho em canções que enchem a alma e a cabeça de energia. Assim como Eryka Badu e Dezarie, ela é uma p*&$#@ cantora! E o melhor é que é nova. Sem fala que já fez trabalhos com Gnars Barkley, Femi Kuti (filho do grande Fela Kuti), Lenny Kravitz e o grupo The Roots. Muito boa mesmo.


Vai aí uma letra dela.






Come With Me

Come let us be truthful, surrender our pride
Admit the stains on our, our chest, our hands
We seek, we find, we take, we kill
Our love is hate, our smiles are fake
Take my body, take my hands,
Take everything you have created
Take your riches, take your money, take everything
But not my experience
No, no


Chorus
No you cannot take my experience away,
No you can’t take my soul away,
No you can’t make me go astray
Because I know where I stand
No you cannot take my experience away,
No you can’t take my soul away,
No you can’t make me go astray
Because I know where my father is


Come let us be truthful, surrender our pride
Admit the things we have been doing
Oh it seems as if we deal with others
To gain self profit
Oh why, why, why
Oh no


Chorus


Come let us admit that we are living a lie
Come let us speak out that we have been sinning,
We have been sinning
Oh no come let us take a look at the mirror,
See how sad it looks
Come let us take a break, go into ourselves and
Find the peace and silence saying


Chorus


I know, you know, I know where my father is
Don’t you know? Yes I do

Venha comigo

Venha deixe-nos ser realistas, render o nosso orgulho
Admita as manchas no nosso, o nosso peito, as nossas mãos
Buscamos, encontramos, tomamos, matamos
O nosso amor é o ódio, os nossos sorrisos são falsos
Tome o meu corpo, tome as minhas mãos,
Tome tudo que você criou
Tome as suas riquezas, tome o seu dinheiro, tome tudo
Mas não a minha lembrança
Não, não


Refrão
Não você não pode levar embora a minhas lembranças,
Não você não pode levar embora a minha alma,
Não você não pode fazer com que eu me perca
Porque sei onde estou
Não você não pode levar embora a minhas lembranças,
Não você não pode levar embora a minha alma,
Não você não pode fazer com que eu me perca
Porque eu sei onde meu pai está


Venha deixe-nos ser realistas, render o nosso orgulho
Admita as coisas que fizemos
Oh parece que se tratemos de negócios com outros
teremos um ganho próprio
Oh por que, por que, por que
Oh não


Refrão


Vamos admitir, aquilo que vivemos foi mentira
Venha falar alto que estivemos pecando,
Estivemos pecando
Oh não vamos dar uma olhada no espelho,
Ver como triste, olha
Venha, vamos descansar um pouco, mergulhar em nós e
Encontrar o provérbio de silêncio e a paz


Refrão


Eu sei, você sabe, eu sei onde meu pai está
Você não sabe? Sim sabe.

domingo, maio 23, 2010

Passagem de um Andança pela Vida

[...] Ele sabia que era um momento arriscado, onde tudo poderia acontecer. Sem essa estória de bom ou ruim, ele tentou pra ver se conseguiria arrancar um sorriso sereno e de cara ficar com tal sorriso. Caminhou junto, deu as mãos, ouviu, foi ouvido e sempre numa proximidade de fazer os olhos brilharem. Eis que o sorriso veio e com ele um sol, digno de domingos na praia deserta.

Das estradas da vida ele já saíra muitas vezes desnorteado, cambaleando depois de atropelos. Com um olhar sincero e mesmo sem direção certa, ele mirava o campo, longe, onde todos eram iguais. Suor no rosto, malandragem nem tanta, mas tentando aprender nas esquinas da vida entre um bate-bola e uma conversa em boteco no fim da copa.

Ah! saia e queria ver as pessoas os prédios e o mar ao mesmo tempo, sempre disponível a ir tomar banho de mar à madrugada e saciar a sede depois do mergulho com uma água de coco ou um whiskey talvez. Os companheiros ao redor, nem sempre tão atentos levavam pra um lado e outro, mas de repente ele só resolveu que se fosse pra levar que fosse só por enquanto, quando o sol ainda estivesse se pondo. Fez as malas mesmo que morasse perto, saiu e voltou no outro dia, com uma bela moça de baixo do braço. Vez em quando ela também levava-o no braço pra lugares bem simples e bonitos só pra fazer o que há de melhor: viver.

Nesse morro-quebrada-complexo-habitacional da vida, eles passeavam e iam descendo e subindo ladeirões e curvas em meio a barrancos, palafitas, barracos e becos. tinha tempo em que ele subia, subia, subia e esperava por ela lá em cima. Outrora era ela que subia, subia, subia e esperava por ele lá em cima. De mala, cuia e cuíca, com tropeços, atropelamentos e muito jogo de cintura eles iam caminhando, colhendo flores, espinhos, dores de coluna e remédios pra alívio.

Certa vez, ele foi querer subir um ladeira de duas mãos. Não pelo lado que ela ia, mas por outro, meio turvo. Horas inexatas, muita gente atrás deles, querendo algo que eles não sabiam, mas uma coisa era certa: pessoas com caras ruins. ele foi e viu o peso na frente e atrás. começou a correr. Ralou a cara no chão, se levantou, continuou correndo a ladeira. Do alto, o amor. Cai mais uma vez e se levanta pra alcançar. Não quis parar. Não era hora e não era vontade. [...]

sexta-feira, maio 21, 2010

Catavento

Ontem e nessa semana revi pessoas que faziam parte do meu redor num tempo em que era permitido possibilizar uma vida de possibilidades. Amigos que dava pra encontrar de uma aula a outra do colegial, que matavam classe só pra jogar xadrez e conversar sobre mulher, rock'n'roll, futebol, questões existenciais e tantas outras coisas, que faziam a "intéra" no final do treino para quie todo mundo pudesse comer um farto lanche no China. Às vezes é bom encontrar velhos amigos e só conversar. Não precisa ser algo relevante, o que conta é a energia trocada na fala e nos gestos de um para outro. Muitos podem achar esquisito esse modo de pensar, mas é lindo conseguir captar a energia das pessoas ao redor apenas com simples gestos e a comunicação. É como se uma narrativa interior mostrasse o que os diferentes seres humanos e vivos sentem ou aparentam sentir. Pode-se estar certo ou errado, mas o que importa além disso é a própria percepção.

terça-feira, maio 18, 2010

Surrender

Surrender
Surrender to your fear, your wishes, your tear
We do not have time
We do not have to heal
To heal the words that already have wheels.