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segunda-feira, junho 30, 2008

O dilema de Ícaro


Entre escombros e vidro, cá estou
A vida continua e o que contruí desabou
Tomou o rumo de uma pedra, que tende a descer
Talvez morta, mas quem irá saber?

Um dia resolvi me jogar e tentar voar
Minha vida é de pedra
Mas meus sonhos são asas, que planam e planejam no ar
Quem me fortalece não vai ver minha queda

Asas de pedra não parecem voar
...e vidas de penas no sol irão queimar
.

domingo, junho 29, 2008

Catálise da Catastrofe


Os versos aqui
São o que um dia fui
E o que posso sentir
À respeito do que está prestes a ruir

Em cada estrofe uma catástrofe constante
Na imensidão de um momento distante
Que chega perto da vista
Mas se afasta da vida

E de tudo isso tiramos o que nos é útil
Mas o que significa utilidade?
ferramenta de bondade ou maldade
Só quero não ser nenhum usado pra coisas fúteis

E daí sim posso fazer a catálise de quem sou
sem propósito pra ninguém,
só a vontade de viver.

domingo, junho 22, 2008

Pluma



Sabe aquele menino triste?
É parte de você
Deixe o crescer e vai ver
que a alegria não é nada perto da dor que persiste

E aqueles dia de névoa laranja
Rastro do sol que você sempre quis ver
talvez sejam só lembranças
esperanças que morrem pelo dia que vai e volta sem saber

E por enquanto o melhor parece se afastar
mas está do lado
E é com força que levo esse sorriso no rosto
e a apatia como fardo

Caindo em sono, sonho profundo
que só se pode dividir ao acordar
mas como ninguém parece se importar
quero estar aqui, sonhando acordado
uma pluma de anjo em meio ao mundo.