Como o vento que passa por entre as frestas do mundo, vazio, cheio, profundo...
terça-feira, julho 22, 2008
Febre Fria
Parece tudo vago
Como as pessoas a andar
Ponho a sopa no meu prato
pra ver se passa a febre que sinto
E ao caçar a cura pra tanta dor
Vejo que o frio me toma
E aquele fervor
Parece mais o meu rancor da vida
Que estranho isso,
Mas tão familiar quanto o vinho
Perambulando pelo sangue
E recriando tudo o que sinto
Minto ao pensar que estou doente
Pois o que a gente sente
É uma vontade gritante
de viver intensamente
Cotidiano
Todo dia não sabemos o que esperar
E mesmo assim supomos o óbvio
Mas sempre fica no ar
Aquele ócio que queremos nos livrar
Livrar, nos livros que lemos
Conversas que temos
Gargalhada que damos
E mesmo conseguindo desse jeito
Parece que nada mudou.
Então lutamos, caímos, levantamo-nos
Esperando que o suor se materialize
Mas não esperando que o sonho se realize.
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