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domingo, dezembro 27, 2009

Versos Descentralizados de Um Louco Apaixonado em Dia de Hospício




E sempre falei, sou eu
E sempre andei, assim
E sempre te dei, o meu.

Disse que era errante, infante mas velho
Novo de novo e engraçado no sério
Nunca te forcei a me acompanhar
Só te fiz olhar quem eu era e como fazia
E fui assim, mudando aos poucos.


Mas como nunca fui suficiente, ciente do que sou
Gosto do barulho do caos que acorda muita gente mundo a fora
Gosto de conversas fúteis de amigos que só estão felizes em ver-me e cantarolar sobre a vida
Gosto do cheiro do café com cigarro e conhaque na feira enquanto velhos e jovens filosofam sobre um quadro ou notícia qualquer, qualquer jornal lido, qualquer imagem que encantou.


Motivo nunca dei pra pensar que não fosse isso,
Nem também dei ausência completa pra não te acompanhar
Acompanhei e te mostrei isso desde o início.


Não gosta de quem eu sou? Como ando? Onde vou?

Ando em mudança mas só você não vê.

O excesso dito diminuiu e não é mais
Às vezes saio sem companhia só pra ver o cais, ondas como eu.
Quando me sinto sozinho rodeado pela tua gente, lembrar disso me faz crescer.


Nunca suportei nada? Ah, dois lados de uma mesma moeda fria
Mas no final dá cara ou corôa?

Tento algo por você, pra você, mas o que pesa é sempre a parte da agonia
Engulo desde sempre palavras ríspidas como um barco de polpa à proa


Se algum momento dos nossos bons momentos importam, porquê a pressa?
Que sangria desatada e essa que não sabe ver no outro a pegada certa?
Isso me aleja! Literalmente meu braços e pernas e forças se vão.


O que eu quero com você é simples e sempre foi, uma vida a dois
E bem sabes que procuro fazer isso.

Não vê, então me deixe louco, fazendo o que faço pouco, viver.
tenho medo de te perder, mas você parece não ter
e quando eu estiver insano em prantos(vai saber)
pois não consigo encontrar um canto. 

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