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terça-feira, janeiro 05, 2010

Tetricidade

[...] a vida vai, em repente
Se repete incessantemente
Sempre com algo a nos dizer

Tenho medo e não tenho
De saber pra que convenho
Estar aqui ou não estar
Sem tragédias ou com elas pra nos desesperar
e talvez o meio nos salve
O que quase-nunca-sempre acontece
Por que não se vê nosso desempenho

E continua a dúvida
Turva e calada
Gritando ao amanhecer ou na madrugada
De pé pra parede que cerca cada um
Às muitas-poucas vezes esquecida
Surge como uma dolorosa facada
Chamada individualidade

Nessa (in)feliz realidade
De sombra-luz, bondade-maldade
temos fé, amor, afeto e perseverança
como se ninguém ainda tivesse matado a esperança

Ela tá sangrando! de ano a ano, mês a mês, segundo a segundo, cara a cara, tez a tez.
Mas vamos a curando, toda vez
E vazio torna a voltar
E rio corre pro mar (mas e o mundo?)
Lá no fundo.

Quer dizer... Que sou eu?
P'ra quê vim?
P'ra que fim?
A gente nasce... mas já morreu.

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