Como o vento que passa por entre as frestas do mundo, vazio, cheio, profundo...
segunda-feira, junho 26, 2006
num dia de chuva eu me vi pelo vidro
e vi a sombra que sou eu,
nesse quarto escuro
onde brigo comigo
onde sou eu meu martírio.
entre murmúros e saudade, lá está ela
escondida nas lembranças afundadas na lama
às vezes defigurada como esses lençóis que nunca foram arrumados
mas que continuam espalhados naquela cama...
...e não sei se irei usá-la uma noite mais.
e até sair é difícil
não sei encontrar portas no meio da escuridão
porque todas as paredes são iguais,
e todas as janelas mostram minha face na chuva
que vem dos meus olhos e desagua nas ruas
Ruas de mim mesmo
com buracos de amargura
rachaduras de apatia, banhadas pela água turva
recheada de lembranças,
recheada de saudade.
mas esquece tudo o que eu falei...
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