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quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Tarde Tenra


Mais uma postagem que foge do padrão, pois é preciso escrever e sentir, de qualquer forma.

Hoje foi um desses dia em que o que se vê vem do coração.


"Uma tarde quente e úmida. Tomo um copo d'água e vou ao meu quarto para ler. Deito em minha cama desarrumada e me ponho a dissecar um livro de análise literária. Li, bocejei, pestanejei e acabei por me render ao cochilo. Sonhei que estava em uma pequena praça, sozinho, sentado e olhando as pessoas passarem. Nenhuma cara afável ou conhecida.
Meus olhos, um tanto tristes, coçavam. Olhei ao redor e fixei meu olhar em um ponto. Em meio ao vai-e-vem das pessoas, uma, ao longe, veio se aproximando. Era ela. Vinha de branco, cabelos ao vento, como aquelas caminhadas em câmera lenta e com um sorriso que só ela tem, de uma beleza sem igual. Senti calor ao abraçá-la e meio que me assustei, mas o coração pulsou ternamente.
Acordei, fiquei pensando em tudo o que senti nesse intervalo de tempo e o quanto eu gosto daquela moça atrapalhada, com sorriso contagiante, um tanto braba, desajeitada, introspectiva, de ternura singular e muito, muito linda ao meu ver.
Para a minha surpresa, ela me ligou logo após eu estar acordando desse devaneio bom. Me disse da preguiça de momento e dos desengonços do dia, lembrando de como eu iria falar dessas coisas. Falou do esmalte laranja que borrou a unha e do café que conheceu a maionese... Ouvir essas coisas - compartilhar isso - é algo que me deixa feliz, pois não há nada mais feliz do que compartilhar. E adoro compartilhar com ela, ouví-la, Sentí-la."


Se perguntarem a mim se sou um bobo apaixonado, direi que sim.

2 comentários:

Didi. disse...

Só eu conseguiria ser tão estabanada pra derrubar maionese no café ! ^^

bonito texto.

Camilla Dias Domingues disse...

lindo!